Corrigir "PCR7 binding is not supported" e ativar Criptografia de Dispositivo no Windows 11

O que significa essa mensagem
“PCR7 binding is not supported” indica que a cadeia de inicialização segura ligada às medições do TPM (Platform Configuration Registers, PCRs) não está ativa — normalmente por Secure Boot desativado ou por TPM não configurado no firmware. Sem essa integração, a Criptografia de Dispositivo nativa do Windows 11 não pode ser habilitada.
Termos breves:
- TPM 2.0: módulo de segurança que armazena chaves criptográficas do dispositivo.
- Modern Standby: modo de suspensão moderno que permite recursos de economia de energia com conectividade.
- UEFI: firmware moderno que substitui o BIOS legado e é necessário para Secure Boot.
Por que a Criptografia de Dispositivo pode estar ausente?
A Criptografia de Dispositivo do Windows 11 é dependente de hardware. Para que ela apareça e funcione, o sistema precisa suportar todos os itens a seguir:
- Módulo TPM 2.0 habilitado no firmware
- Suporte a Modern Standby
- Firmware UEFI (sem BIOS legado)
Mesmo que o Windows 11 esteja instalado, alguns fabricantes deixam Secure Boot ou TPM desativados por compatibilidade ou por configuração manual. O primeiro passo é verificar o estado desses componentes.
Como verificar se o Secure Boot está ativado
- Pressione a tecla Win e digite System Information.
- Clique com o botão direito em System Information e escolha Run as administrator.
- Na coluna direita, localize Secure Boot State.
- Se estiver Off, será necessário habilitar no BIOS/UEFI. Se estiver On, siga para checar o TPM e o Modern Standby.
Observação: em sistemas localizados, o nome do app pode aparecer como Informações do Sistema; o rótulo exibido dentro do Windows costuma manter os nomes técnicos em inglês.
Como ativar Secure Boot (passos gerais)
- Salve todo trabalho e desligue o PC.
- Ligue o PC e pressione repetidamente a tecla de acesso ao UEFI/BIOS (Ex.: F2, F10, F12, Del ou Esc — varia por fabricante).
- No menu UEFI, navegue até a aba Boot ou Security.
- Localize a opção Secure Boot e selecione Enabled.
- Salve as alterações (normalmente Save & Exit) e reinicie.
- Volte ao Informações do Sistema para confirmar que Secure Boot State está On.
Se o item Secure Boot estiver ausente no UEFI, verifique se o modo de inicialização está em UEFI (não em Legacy/CSM). Alterar de Legacy para UEFI pode exigir que o disco de sistema esteja em GPT em vez de MBR; consulte as instruções do fabricante antes de converter discos.
Como habilitar TPM 2.0 no BIOS/UEFI
- Acesse o UEFI/BIOS como explicado acima.
- Procure por Security, Trusted Computing ou Advanced > TPM Configuration.
- Garanta que o TPM esteja Enabled e que a versão seja 2.0 (algumas placas mostram “PTT” ou “fTPM” para implementações Intel/AMD no firmware).
- Salve e reinicie. No Windows, confirme em Device Security > Security processor > Security processor details.
Nota: em alguns modelos, o TPM aparece como “Discrete TPM” ou “Firmware TPM (fTPM)”. Ambos podem satisfazer o requisito, desde que a versão seja 2.0.
Se o painel mostrar “Hardware Security Test Interface failed” ou “Device is not Modern Standby supported”
Essas mensagens normalmente indicam que o hardware não oferece suporte ao Modern Standby ou que certas medições de firmware esperadas não existem. Opções práticas:
- Atualizar para Windows 11 Pro e usar BitLocker (criptografia por volume que não exige Modern Standby). Pros: integrado, gerenciamento via GPO/Intune. Cons: requer licença Pro.
- Usar soluções de terceiros (VeraCrypt, Diskcryptor, outros). Pros: funcionam em hardware mais antigo. Cons: gestão e recuperação de chaves podem ser mais manuais.
- Substituir hardware por um modelo compatível (quando viável em ambientes corporativos).
Importante: não invente chaves de recuperação; registre as chaves antes de ativar qualquer criptografia.
Passo a passo recomendado (SOP) para habilitar Criptografia de Dispositivo
- Backup completo dos dados críticos.
- Atualizar firmware/UEFI para a versão mais recente disponível no site do fabricante.
- Entrar no UEFI/BIOS e habilitar Secure Boot e TPM 2.0.
- Confirmar que o modo de boot está em UEFI e que o disco do sistema usa GPT.
- Reiniciar e verificar Informações do Sistema: Secure Boot State = On; PCR7 message resolvido.
- Habilitar Criptografia de Dispositivo em Settings > Privacy & Security > Device encryption (ou usar BitLocker em Pro).
- Armazenar chaves de recuperação em local seguro (Microsoft Account, Active Directory, Azure AD, ou cofre físico).
Critérios de aceitação
- Secure Boot State aparece como On.
- TPM aparece como 2.0 no Security processor details.
- Informações do Sistema não mostra “PCR7 binding is not supported”.
- Criptografia de Dispositivo aparece como ativável ou BitLocker pode ser habilitado.
Checklists por função
Admin de TI:
- Verificar compatibilidade de hardware em inventário
- Testar atualização de firmware em máquinas-piloto
- Documentar procedimento de recuperação de chave e política de backup
Usuário doméstico:
- Fazer backup em disco externo ou nuvem
- Conferir atualização do fabricante antes de alterar UEFI
- Salvar chave de recuperação em local seguro
Modelos mentais e heurísticas rápidas
- “Se não há Secure Boot, não há PCR7”: comece pelo Secure Boot.
- “TPM presente mas não funcionando” costuma ser problema de firmware; habilitar no UEFI resolve 80% dos casos.
- “Não consigo alterar UEFI”: verifique a proteção contra gravação do fabricante ou presença de senha de supervisor.
Quando isso falha: casos e contraexemplos
- PC com BIOS legado (sem UEFI): não há suporte; a solução é migrar para hardware UEFI ou usar criptografia por software independente de firmware.
- Discos em MBR: mudar para GPT é necessário para alguns recursos UEFI; isso pode requerer conversão ou reinstalação.
- Máquinas virtuais: verifique se a VM tem TPM virtual e Secure Boot habilitados no hypervisor.
Alternativas e comparação rápida
- Criptografia de Dispositivo (Windows Home, hardware compatível): simples, automática, baseada em conta Microsoft/Azure AD.
- BitLocker (Windows Pro/Enterprise): flexível, gerenciável em empresa, precisa licença Pro.
- VeraCrypt e similares: independentes do hardware, boa opção para PCs antigos, exige gestão manual de chaves.
Fluxo de decisão (Mermaid)
flowchart TD
A[Ver Informações do Sistema] --> B{Secure Boot On?}
B -- Não --> C[Entrar no UEFI e habilitar Secure Boot]
B -- Sim --> D{TPM 2.0 habilitado?}
D -- Não --> E[Habilitar TPM no UEFI]
D -- Sim --> F{Modern Standby suportado?}
F -- Sim --> G[Ativar Criptografia de Dispositivo]
F -- Não --> H[Considerar BitLocker ou solução 3ºs]
C --> A
E --> A
Segurança e privacidade
- Sempre gere e armazene a chave de recuperação antes de cifrar. Perder a chave pode tornar os dados irrecuperáveis.
- Em ambientes regulados (por exemplo, GDPR), documente onde as chaves são armazenadas e quem tem acesso.
- A criptografia protege dados em caso de perda/roubo do hardware; não substitui backups regulares.
Testes e critérios de aceitação para validação
- Teste 1: Após habilitar Secure Boot e TPM, Informações do Sistema não mostra “PCR7 binding is not supported”.
- Teste 2: Habilitar Criptografia de Dispositivo ou BitLocker e verificar se o disco é montado e o sistema inicializa normalmente.
- Teste 3: Reiniciar e testar recuperação com a chave de recuperação em ambiente controlado.
Resumo final
Resolver “PCR7 binding is not supported” normalmente exige habilitar Secure Boot e TPM 2.0 no UEFI/BIOS e garantir que o sistema usa UEFI/GPT e suporte a Modern Standby. Se o hardware não suportar esses requisitos, migre para BitLocker (Windows Pro) ou soluções de terceiros. Sempre faça backup e registre a chave de recuperação antes de ativar criptografia.
Importante: se você administra vários PCs, implemente esse procedimento primeiro em um grupo piloto e documente o processo de recuperação de chaves.
Sugestão rápida para compartilhamento: “Corrigi o erro PCR7 no Windows 11 ativando Secure Boot e TPM 2.0 no UEFI — backup e chave de recuperação salvos antes de cifrar.”
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