É melhor aprender a programar do que aprender inglês como segunda língua, diz Tim Cook

Contexto e a declaração de Tim Cook
Em entrevista ao veículo francês Konbini, durante uma visita à França onde também encontrou o presidente Emmanuel Macron, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que aprender a programar pode ser mais importante do que aprender inglês para estudantes jovens. Segundo Cook, a programação é uma linguagem que permite «expressar-se para 7 bilhões de pessoas no mundo» e deveria ser obrigatória em todas as escolas públicas.
A reportagem também cita um levantamento do site de vagas Glassdoor afirmando que mais de um terço das posições com remuneração mais alta nos EUA exigem algum nível de conhecimento de programação.
Cook ressaltou que a programação incentiva a criatividade e o caráter experimental dos alunos. Ele mencionou ainda a linguagem Swift da Apple como exemplo de tecnologia acessível para iniciar estudantes.
Por que Cook defende essa ideia
- Competência técnica ampla: programar combina lógica, pensamento sistemático e resolução de problemas.
- Aplicabilidade global: software e dispositivos conectados estão em quase todos os setores — da saúde à agricultura — e aumentam a demanda por habilidades técnicas.
- Pensamento criativo: aprender a programar tende a estimular experimentação e prototipagem rápida, habilidades valiosas em muitas carreiras.
Importante: Cook não diz que aprender inglês é inútil. Ele propõe que programação ofereça um retorno direto em termos de trabalho e expressão no mundo digital.
Contraexemplos e limitações
- Contexto local: em regiões onde o inglês é idioma de comércio, aprender inglês pode abrir portas profissionais imediatas que a programação não garante.
- Recursos escolares: ensinar programação exige professores capacitados, infraestrutura e currículos atualizados — nem todas as redes públicas têm isso.
- Interesses individuais: nem todo aluno terá afinidade com lógica formal; outras habilidades (comunicação, artes, línguas) continuam essenciais.
- Mercado de trabalho: nem toda vaga bem remunerada exige programação; carreiras em gestão, direito, medicina e muitas outras valorizam outras competências.
Como integrar programação nas escolas — checklist para decisores
Para diretores e secretarias de educação:
- Avaliar infraestrutura mínima: computadores, tablets ou dispositivos com conectividade.
- Formar professores: cursos de capacitação e tempo para planejamento.
- Definir metas modulares: lógica e pensamento computacional no ensino fundamental; linguagens práticas no médio.
- Parcerias locais: empresas, universidades e ONGs podem apoiar com material e voluntariado.
- Avaliação e iteração: testar um piloto por 1–2 anos antes de ampliar.
Para professores:
- Começar com pensamento computacional sem código.
- Usar ferramentas visuais (blocos) para introduzir conceitos.
- Propor projetos curtos e interdisciplinares.
- Documentar resultados e adaptar o ritmo.
Para famílias e estudantes:
- Incentivar exploração com apps gratuitos.
- Valorizar projetos pessoais mais que exercícios repetitivos.
- Combinar aprendizado de línguas e tecnologia quando possível.
Alternativas e caminhos complementares
- Pensamento computacional sem programação formal — foco em decomposição de problemas.
- Alfabetização digital (uso crítico de ferramentas) — essencial mesmo para não-programadores.
- Ensino de línguas estrangeiras para acesso a literatura técnica e redes internacionais.
Mini‑metodologia para começar a aprender programação (6 passos)
- Escolha um objetivo simples: automatizar uma tarefa ou criar um jogo curto.
- Comece com blocos visuais (Scratch, MakeCode) ou ambientes guiados.
- Progrida para uma linguagem textual amigável (Python ou Swift Playgrounds).
- Aprenda por projeto: construa, teste, corrija.
- Compartilhe o resultado e peça feedback.
- Repita com um projeto levemente mais complexo.
Recursos práticos e ferramentas recomendadas
- Swift Playgrounds — ambiente da Apple para iniciantes.
- Scratch — programação por blocos para crianças.
- Cursos introdutórios gratuitos em plataformas reconhecidas.
- Oficinas locais, clubes de programação e hackathons escolares.
Modelo de decisão para começar (fluxograma)
flowchart TD
A[Quer aprender programação?] --> B{Tem acesso a um dispositivo?}
B -- Sim --> C{Prefere visual ou texto}
B -- Não --> D[Buscar clubes locais ou bibliotecas]
C -- Visual --> E[Iniciar com Scratch/MakeCode]
C -- Texto --> F[Iniciar com Python ou Swift Playgrounds]
E --> G[Projetos curtos e iterativos]
F --> G
D --> H[Parcerias e recursos comunitários]
H --> E
H --> F
Papel das empresas e do setor público
Empresas podem apoiar com doações de equipamento, estágios e materiais. O setor público deve priorizar formação de professores e inclusão digital, garantindo que a adoção da programação não aumente desigualdades.
Critérios de sucesso para um programa escolar de programação
- Aumento do engajamento estudantil em projetos práticos.
- Professores capacitados e atuando regularmente em sala.
- Projetos interdisciplinares entregues pelos alunos.
- Avaliação cíclica que mostre evolução em pensamento lógico e resolução de problemas.
Glossário de uma linha
- Programação: escrever instruções que um computador executa.
- Pensamento computacional: decompor e resolver problemas de forma sistemática.
- Swift: linguagem de programação criada pela Apple, adequada para iniciantes e apps.
Perguntas frequentes
P: Programação vai substituir o inglês?
R: Não. São competências complementares. A escolha prática depende do contexto local e dos objetivos do aluno.
P: Qual a melhor idade para começar?
R: A partir dos 7–8 anos já é possível introduzir pensamento computacional com blocos visuais; linguagens textuais cabem a partir do ensino médio.
P: Preciso de um computador caro?
R: Não. Muitos recursos funcionam em tablets ou em computadores modestos; o importante é acesso consistente.
Resumo final
A declaração de Tim Cook destaca uma verdade relevante: programação é uma habilidade poderosa e cada vez mais presente. Mas a sua adoção nas escolas exige investimento, formação de professores e adaptação ao contexto local. Em muitos casos, combinar programação com ensino de línguas e habilidades socioemocionais gera o melhor resultado.
Notas importantes
- Esta visão não anula o valor de aprender outras línguas.
- Implementações devem priorizar equidade e acessibilidade.
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Tim Cook afirmou que aprender programação é hoje a «linguagem» mais útil para estudantes e defendeu que ela deveria ser obrigatória nas escolas públicas. A programação estimula criatividade, raciocínio lógico e prepara estudantes para um mercado crescente de tecnologia. No entanto, a adoção em larga escala depende de professores capacitados, infraestrutura e políticas públicas que garantam acesso igualitário. Este guia resume os argumentos de Cook, apresenta contraexemplos, oferece um checklist para escolas e famílias, sugestões de ferramentas e uma mini‑metodologia para começar de forma prática.
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